domingo, 12 de julho de 2015

ENTRE A VIDA E A MORTE, A LIÇÃO DE OURO DE ROBERT MOORE!!!

Olá, meus amigos! Tudo joia com vocês?

Hoje, tenho a honra de trazer pra vocês uma História incrível. Ela está contida em um dos livros mais marcantes que eu já li: “Como Evitar Preocupações e começar a viver”, do escritor ianque Dale Carnegie.O consagrado autor americano tem uma maneira muito peculiar de escrever: ele redigia tecendo relatos de inúmeras pessoas famosas da época (1948) que ele transcrevia literalmente nos seus livros.

Pois bem. Um dos seus relatos foi narrado por um homem chamado Robert Moore, de Maplewood, região situada no Estado norte americano de Nova Jersey. Ele conta sua experiência dramática ocorrida em pleno fim da Segunda Guerra Mundial que, sem exagero algum, é uma lição magnífica para mim, para você e todos os amigos que estiverem dispostos a aplicar a essa lição de Ouro!!! Por respeito ao autor, transcrevemos o texto ipsis litteris de acordo com o original. Colocamos apenas grifos em negrito e itálico para dar mais vida ao texto!
Vamos, venha comigo, viajar no tempo!!

Eis a História, Abraços Cabralinos e... com a palavra, DALE CARNEGIE:

“‘Recebi a maior lição da minha vida em março de 1945’,  disse-me ele. Aprendi-a sob 276 pés de água de profundidade, ao largo das costas da Indochina. Eu era um dos oitenta e oito homens a bordo do submarino Bay S. S. 318. Descobríramos, por meio do radar, que um pequeno comboio japonês navegava em nossa direção. Ao aproximar-se a madrugada, submergimos para o ataque. Vi, através do periscópio, um destroier da escolta, um navio-tanque e um lança-minas japonês.  

Disparamos três torpedos contra o destroier, mas erramos o alvo. Alguma coisa não funcionou direito no mecanismo dos torpedos. O destroier, sem saber que fora atacado, continuou na mesma marcha. Estávamo-nos aprontando para atacar o último navio, o lança-minas, quando, subitamente, ele descreveu um círculo e veio em nossa direção. (Um aeroplano japonês nos havia localizado a uma profundidade de sessenta pés e radiografado a nossa posição para o lança-minas.)

Descemos a 150 pés para evitar que o inimigo nos descobrisse e se aparelhasse para uma carga de profundidade. Colocamos ferrolhos extras nas comportas e, a fim de tornar o nosso submarino absolutamente silencioso, paramos as hélices, o sistema de refrigeração e o aparelhamento elétrico.


O Livro "Como Evitar Preocupações e começar a viver" na versão em inglês 


Três minutos mais tarde, o céu veio abaixo. Seis cargas de profundidade explodiram em torno do nosso barco, impelindo-nos para o fundo do mar – a 276 pés de profundidade. Estávamos horrorizados. Um ataque a menos de mil pés de água é perigoso; a menos de quinhentos pés é quase sempre fatal. E estávamos sendo atacados a pouco mais de metade de quinhentos pés de água – com água pelos joelhos, por assim dizer, quanto à segurança.

Durante quinze horas, o lança-minas japonês continuou atirando cargas de profundidade. Se uma carga de profundidade explodir num raio de dezesseis pés de um submarino, a concussão abrirá um rombo em seu casco. Dezenas de tais cargas de profundidade explodiram a cinquenta pés de onde estávamos. Recebemos ordem de ‘segurar’ – ficarmos quietos e calmos em nossos leitos.


"Dale Carnegie en español":  Suas obras mais conhecidas "Como fazer amigos e influenciar pessoas" (1936), "Como Evitar preocupações e começar a viver (1948) e "Lincoln, esse desconhecido" (1932)  venderam milhões de exemplares, foram traduzidas para dezenas de idiomas e ganharam o mundo!


Eu estava tão horrorizado que mal podia respirar. ‘Isso é a morte’, repetia, de momento a momento, a mim mesmo. ‘Isso é a morte! . . . É a morte!’ Com os ventiladores e os sistemas de refrigeração parados, a temperatura, dentro do submarino, era de mais de cem graus Fahrenheit, mas eu estava tão gelado de medo que vesti um suéter e uma blusa guarnecida de peles.  E ainda continuava tiritando de frio. Batiam-me os dentes. Escorria-me pelo corpo um suor frio e pegajoso.

O ataque durou quinze horas. Depois, cessou subitamente. Ao que parecia, o lança-minas japonês esgotara o suprimento de cargas de profundidade e fora embora. Aquelas quinze horas de ataque pareceram quinze milhões de anos. Toda a minha vida me passou pela memória. Lembrei-me de todos os erros que cometera, todas as pequenas coisas absurdas com as quais me preocupava.

Antes de alistar-me na marinha, trabalhava num banco. Preocupava-me com as longas horas de trabalho, o pequeno salário que recebia, as escassas possibilidades de melhoria. Preocupava-me porque não podia comprar uma casa para viver, porque não podia comprar um carro novo, porque não podia comprar belas roupas para minha mulher. Como odiava o meu antigo chefe, que vivia sempre a resmungar e a censurar-nos!

Lembrei-me de que costumava ir para a casa, à noite, amargurado e exausto, e de que sempre discutia com a minha mulher por motivos fúteis. Vivia preocupado com uma cicatriz que tinha na testa – um corte horrível sofrido num acidente de automóvel.

Como todas essas preocupações pareciam sérias anos atrás! Mas como pareciam absurdas naquele momento, em que grandes cargas de profundidade me ameaçavam enviar para o outro mundo! Prometi a mim mesmo que, se tornasse a ver o sol e as estrelas, jamais, jamais me preocuparia novamente com coisa alguma. Jamais! Jamais! Jamais!!! Aprendi mais sobre a arte de viver, naquelas quinze horas terríveis, dentro daquele submarino, do que nos livros em que estudara, durante quatro anos, na Universidade de Syracuse ”

(CARNEGIE, Dale, “Como Evitar Preocupações e começar a viver”. Tradução de Brenno Silveira e revista por José Antônio Arantes de acordo com a Edição americana de 1984 aumentada por Dorothy Carnegie. – 33ª   ed. – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1998, p 85 – 87.)


Um comentário:

  1. Que relato impressionante, toda a vida dele se passando naquele momento durante as 15 horas que persistiram o combate dentro do submarino, é uma testemunha de como se vive um ambiente de Guerra, principalmente o da Segunda Grande Guerra.

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