Olá, meus amigos! Tudo joia com vocês?
Hoje, tenho a honra de trazer pra
vocês uma História incrível. Ela está contida em um dos livros mais marcantes
que eu já li: “Como Evitar Preocupações e começar a viver”, do escritor ianque Dale
Carnegie.O consagrado autor americano tem uma maneira muito peculiar de
escrever: ele redigia tecendo relatos de inúmeras pessoas famosas da época (1948)
que ele transcrevia literalmente nos seus livros.
Pois bem. Um dos seus relatos foi narrado
por um homem chamado Robert Moore, de Maplewood, região situada no Estado norte americano de Nova Jersey. Ele conta sua experiência dramática
ocorrida em pleno fim da Segunda Guerra Mundial que, sem exagero algum, é uma
lição magnífica para mim, para você e todos os amigos que estiverem dispostos a
aplicar a essa lição de Ouro!!! Por respeito ao autor, transcrevemos o texto ipsis litteris de acordo com o
original. Colocamos apenas grifos em negrito
e itálico para dar mais vida ao
texto!
Vamos, venha comigo, viajar no
tempo!!
Eis a História, Abraços Cabralinos e...
com a palavra, DALE CARNEGIE:
“‘Recebi a maior lição da minha vida em
março de 1945’, disse-me ele. Aprendi-a
sob 276 pés de água de profundidade, ao largo das costas da Indochina. Eu era
um dos oitenta e oito homens a bordo do submarino Bay S. S. 318. Descobríramos, por meio do radar, que um pequeno comboio japonês navegava em nossa direção. Ao
aproximar-se a madrugada, submergimos para o ataque. Vi, através do periscópio,
um destroier da escolta, um navio-tanque
e um lança-minas japonês.
Disparamos três torpedos contra o destroier,
mas erramos o alvo. Alguma coisa não funcionou direito no mecanismo dos
torpedos. O destroier, sem saber que fora atacado, continuou na mesma marcha.
Estávamo-nos aprontando para atacar o último navio, o lança-minas, quando, subitamente, ele descreveu um círculo e veio em nossa direção. (Um aeroplano japonês nos havia localizado
a uma profundidade de sessenta pés e radiografado
a nossa posição para o lança-minas.)
Descemos a 150 pés para evitar que o
inimigo nos descobrisse e se aparelhasse para uma carga de profundidade.
Colocamos ferrolhos extras nas comportas e, a fim de tornar o nosso submarino absolutamente silencioso, paramos as
hélices, o sistema de refrigeração e o aparelhamento elétrico.
O Livro "Como Evitar Preocupações e começar a viver" na versão em inglês |
Três minutos mais tarde, o céu veio
abaixo. Seis cargas de profundidade explodiram
em torno do nosso barco, impelindo-nos para o fundo do mar – a 276 pés de
profundidade. Estávamos horrorizados. Um ataque a menos de mil pés de água é
perigoso; a menos de quinhentos pés é quase sempre fatal. E estávamos sendo
atacados a pouco mais de metade de quinhentos pés de água – com água pelos joelhos,
por assim dizer, quanto à segurança.
Durante
quinze horas, o lança-minas japonês continuou
atirando cargas de profundidade. Se uma carga de profundidade explodir num
raio de dezesseis pés de um submarino, a concussão abrirá um rombo em seu
casco. Dezenas de tais cargas de profundidade explodiram a cinquenta pés de
onde estávamos. Recebemos ordem de ‘segurar’ – ficarmos quietos e calmos em
nossos leitos.
Eu estava tão horrorizado que mal
podia respirar. ‘Isso é a morte’, repetia, de momento a momento, a mim mesmo. ‘Isso
é a morte! . . . É a morte!’ Com os ventiladores e os sistemas de refrigeração
parados, a temperatura, dentro do submarino,
era de mais de cem graus Fahrenheit, mas eu estava tão gelado de medo que vesti um suéter e uma blusa guarnecida de
peles. E ainda continuava tiritando de
frio. Batiam-me os dentes. Escorria-me pelo corpo um suor frio e pegajoso.
O ataque durou quinze horas. Depois,
cessou subitamente. Ao que parecia, o lança-minas japonês esgotara o suprimento
de cargas de profundidade e fora embora. Aquelas quinze horas de ataque
pareceram quinze milhões de anos. Toda a
minha vida me passou pela memória. Lembrei-me de todos os erros que
cometera, todas as pequenas coisas
absurdas com as quais me preocupava.
Antes de alistar-me na marinha,
trabalhava num banco. Preocupava-me com as longas
horas de trabalho, o pequeno salário
que recebia, as escassas possibilidades de melhoria. Preocupava-me porque não podia comprar uma casa para viver,
porque não podia comprar um carro novo,
porque não podia comprar belas roupas
para minha mulher. Como odiava o meu
antigo chefe, que vivia sempre a resmungar e a censurar-nos!
Lembrei-me de que costumava ir para
a casa, à noite, amargurado e exausto, e de que sempre discutia com a minha mulher por motivos fúteis. Vivia preocupado com uma cicatriz que tinha na
testa – um corte horrível sofrido num acidente de automóvel.
Como todas essas preocupações
pareciam sérias anos atrás! Mas como
pareciam absurdas naquele momento, em que grandes cargas de profundidade me
ameaçavam enviar para o outro mundo! Prometi a mim mesmo que, se tornasse a ver o sol e as estrelas, jamais, jamais me preocuparia novamente com
coisa alguma. Jamais! Jamais! Jamais!!! Aprendi mais sobre a arte de viver, naquelas quinze horas terríveis,
dentro daquele submarino, do que nos
livros em que estudara, durante quatro anos, na Universidade de Syracuse ”
(CARNEGIE, Dale, “Como Evitar Preocupações e começar a viver”. Tradução de Brenno Silveira e revista por José Antônio Arantes de acordo com a Edição americana de 1984 aumentada por Dorothy Carnegie. – 33ª ed. – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1998, p 85 – 87.)
Que relato impressionante, toda a vida dele se passando naquele momento durante as 15 horas que persistiram o combate dentro do submarino, é uma testemunha de como se vive um ambiente de Guerra, principalmente o da Segunda Grande Guerra.
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